Não importa de onde o olhar venha:
da esquerda ou da direita,
não há mistério nem senha.
A palavra é uma só, está feita.
Sua aparência é também circular,
um traço que começa onde termina.
Feito a boca, redonda a pronunciar
que ali dentro mora uma menina.
A mão contorna a curva lisa, escorregadia
e, do miolo, a resposta é um chute forte,
que de volta a mão acaricia
e transmite amor, esperança e sorte.
Por mais que pareça uma forma maciça,
o conteúdo é precioso, jóia rara.
No interior daquela bola roliça
há uma semente de luz chamada clara.
Plantada em solo fértil, ela cresce
lentamente, num sono profundo.
Nove meses depois, a recompensa que merece:
acorda, rompe a casca e ganha o mundo.
orvalho, viagem, veludo
vibração, ventre, vitória
verdade, viço, vênus
vaivém, vigor, volume
ave, vinho,
vida
o
v
o
(para minha sobrinha)
6 Comentários
Que lindo! Parabéns pelo poema e pela sobrinha.
Bjs
nota dez pra voce e para clara,
que mais dia menos dia mostrará a cara,
ô amarela, quero um desses pra minha filhota também, viu?
ainda falta uns aninhos, mas quando vir, será tua sobrinha também.
chêro.
Juba,
Nós amamos a linda homenagem!!
Clara, como tem bem com quem parecer, pediu para várias vezes o poema eu reler!!
Há uma semana que ela anda bastante serelepe!! Como já li o pequeno príncipe para ela, acho que essa agitação são os ritos para o grande dia, pois daqui a uns dois meses ela vai ser a menina mais disputada, beijada, e abraçada do mundo!!
Nossa musa inspiradora manda muitos beijinhos e chutinhos para a madrinha!
Amamos você!!
Brigada, Dona Lena! Lula Bonitão, estamos todos ansiosos pra conhecê-la. né? Helena, a sua encomenda já tá anotada com muito gosto! E Dary, um beijo bem grande na princesinha que mora em vc! 🙂
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